Uma recente descoberta em um estudo realizado pela Universidade de Kansas mostrou que há cerca de 130 mil anos os neandertais já praticavam uma espécie de “odontologia primitiva”.

Uma nova análise foi realizada em um conjunto de dentes de neandertais encontrados na Croácia há mais de um século (entre 1899 e 1905) e revelou diversos sulcos e sinais de manipulação na arcada dentária, como partes quebradas e desgastes no pré-molar. Os cientistas acreditam que quando os neandertais tinham problemas dentários eles tentavam se tratar.

Os neandertais chegaram a conviver com o homem moderno na Europa antiga. E a peça, que foi encontrada há muito tempo, já havia rendido diversas descobertas sobre a vida desta espécie extinta, incluindo ornamentos com finalidade puramente estética, algo que não se esperava encontrar em homens pré-históricos.

A pesquisa

Para realizar a pesquisa os estudiosos analisaram quatro dentes isolados pertencentes ao lado esquerdo da mandíbula. Antes do recente estudo, cientistas já haviam conseguido identificar cada dente e descobrir sua posição na arcada dentária. Agora os pesquisadores utilizaram um microscópio de luz a fim de detectar oclusões, desgastes, sulcos, fraturas e arranhões da dentina. Não se sabe ao certo se os dentes estudados pertenciam a um neandertal do sexo masculino ou feminino.

Segundo os cientistas, os desgastes encontrados deviam causar desconforto no indivíduo. E o pré-molar e terceiro molar estavam fora de suas posições normais, tendo marcas de arranhões entre eles.  Nestes dois dentes foram encontradas diversos sinais de manipulação dental, indicando que o neandertal tentava colocar algo na boca para alcança-los. Não foi possível identificar ao certo qual ferramenta o neandertal manuseava em sua boca, mas os cientistas acreditam se tratar de algo feito a partir de ossos ou caules.

A evidencia mostra que este individuo colocou algo dentro da boca com a intenção de tratar uma irritação dental. Por isso, a descoberta também corrobora com a ideia de que os neandertais não eram uma espécie intelectualmente sub-humana, como se acreditava antes das descobertas feitas na Croácia, pois eram capazes de modificar seu entorno, fabricar objetivos e inclusive utilizar essas ferramentas para ajudar em problemas do dia a dia.

Assista o vídeo de David Frayer, professor de Antropologia da Universidade de Kansas falando sobre os resultados da pesquisa.

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